Quando eu passeio nas ruas e vejo um casal, desejo-lhes em pensamento toda a sorte do mundo, para que seja eterno enquanto dure (como disse Vinícius). O engraçado é que nunca desejei tal sorte para mim, apenas fiz por onde, tendo de dedicação e zelo como faróis.
Mas isto aqui não é para ser um blog de arrependimentos ou de martírios e sim para mostrar como a vida de solteiro também pode ser benéfica para as pessoas. Então apresentarei o primeiro passo a ser seguido para uma boa solteirice, postarei outros futuramente.
1° passo - Aceitação
Este passo é importante porque além de ser o passo inicial é através dele que a pessoa vai transpor a barreira da ilusão do "só é feliz quem tem relacionamento firme", afinal já vi vários casos de pessoas que simplesmente não sabem viver só, sempre tem que ter alguém no encalço ou debaixo do braço. No caso em questão fica uma pergunta, será que é necessário arrastar um relacionamento atrás do outro, se desgastando e desgastando as pessoas ao redor? Não é mais sensato parar um pouco, refletir sobre o relacionamento anterior, as perdas, os ganhos, dar um tempo a si mesmo?
E este tempo dado pode ser muito bom para si, não apenas para reflexão do ex-relacionamento mas também para auto-conhecimento. Isto me lembra de um amigo, que chamarei de Dão das Moças, ele teve muitos relacionamentos e sempre aprendia algo com cada um, por fim passou um tempo enorme sem se relacionar e reuniu cada aprendizado de tal forma que hoje em dia o torna muito visado por "qualidades" que possui, que por sinal chega a ser um defeito que posso explicar em um tópico futuro. Só que simplesmente ele não quer se apegar a ninguém, exatamente por descobrir que relacionamentos não são complicados, quem são complicadas são as pessoas que estão inseridas em um. E até que surja alguma mulher neste mesmo patamar que ele, que não seja de cobranças e que tenha uma relacionamento saudável, sem brigas, seria algo de muita pesquisa e trabalho, que eu acho que ele não deseja ter...
Bem, isto é só o início de uma felicidade que poucos conseguem ver e como diria Clarice: "Que eu saiba ficar com nada e me sentir como se estivesse plena de tudo".
